sábado, 21 de novembro de 2009

Adoçantes podem levar ao aumento de peso?


Um estudo publicado pela revista Norte-Americana de Neurociência ( Behavioral Neuroscience) no primeiro semestre de 2008, demonstrando a associação de aumento de peso em ratos de laboratórios que consumiram sacarina, suscitou interesse e preocupação com a saúde bem estar e controle de peso tanto entre profissionais quanto na população em geral. A pesquisa baseou-se num dos princípios básicos da fisiologia moderna: reflexo condicionado, o grande legado deixado pelo cientista russo Ivan Pavlov, ganhador do premio Nobel de Medicina. A teoria propõe que todos animais ( inclusive o homem) se condicionam de modo que um determinado estimulo fisiológico segue-se de uma experiência sensorial e fisiológica especifica. Em outras palavras, o organismo, ao ser estimulado, “espera” aquela conseqüência com a qual está acostumado e se regula em função disso.
Desde a primeira mamada o animal se acostuma com o fato de que o estimulo sensório do doce em suas papilas gustativas se segue de um aporte de nutrientes hipercalóricos. Isso determina um comportamento neurosensorial que regula a saciedade que regula a saciedade e o metabolismo. A quebra desta seqüência pode levar a um desequilíbrio na ingestão alimentar dos animais. Essa foi a hipótese testada no estudo. O consumo de adoçantes não calóricos ( que são mais doces que o próprio açúcar), pode levar a excessos na ingestão diária de calorias, numa compensação do organismo pela “falta” que sentiu após aquele estimulo vazio.
No estudo, os pesquisadores administraram uma refeição padrão (iogurte) em dois grupos de ratos: o primeiro adoçado com açúcar, o segundo com sacarina. Ao final, observaram que os ratos que ingeriram o alimento com sacarina apresentaram ganho de peso 20% maior, com maior ingestão calórica diária.

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